A Fundação do Jurássico, criada com os lucros dos filmes da saga “Jurassic Park”, de Steven Spielberg, premiou Octávio Mateus e Emanuel Tschopp, investigadores da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, atribuindo-lhes uma bolsa que lhes permite estudarem uma colecção de achados de dinossauros saurópodes ainda “este ano”.
O trabalho consiste em “digitalizar e modelar em três dimensões os pescoços dos saurópodes”, uma forma inovadora de estudar este tipo de dinossauros, caracterizado pelos enormes pescoços, disse à Lusa Octávio Mateus.
O investigador português explicou que “a anatomia destes dinossauros evoluiu de forma a permitir crescer enormes pescoços, através da complexidade das suas vértebras, o que lhes dava uma grande resistência sem aumentar significativamente o seu peso”.
Os paleontólogos vão tentar perceber “a classificação real destes dinossauros”, uma vez que “remontam ao início do aparecimento da família dos ‘diplodocídeos’, cujos elementos ainda não tinham adquirido as características anatómicas que permitem distinguir cada um dos tipos de dinossauros”.
Os fósseis a analisar encontram-se no Museu dos Dinossauros de Aathal, localizado perto da cidade suíça de Zurique.
Octávio Mateus foi o primeiro português a ser galardoado pela Fundação do Jurássico, sediada nos Estados Unidos, quando em 2000 recebeu um prémio cuja verba atribuída investiu nas escavações de vestígios de um dinossauro saurópode, no concelho da Lourinhã.
Fonte: www.cienciahoje.pt
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