10 dezembro 2011

Troll Alfa – A maior plataforma do mundo

  
   A plataforma Troll A é a maior e mais pesada construção feita pelo homem, e a maior construção já movimentada de um ponto a outro do planeta. Este, é um dos maiores e mais complexos projectos da engenharia moderna.

No ano 1996,  a plataforma Troll A foi listada no Livro dos Recordes (The Guinness World Record) como a maior plataforma offshore existente.
   
  A Troll A é do tipo Condeep, ou seja, uma estrutura de betão submersível para águas profundas. Este tipo de projecto foi escolhido devido às duras condições climáticas do Mar da Noruega, como gelo, ventos fortes e gelados, e ondas monstruosas.
   A sua construção e instalação, demandou custos de 16 biliões de dólares. Elaborado nos anos 90, é até então o maior projecto da industria do petróleo.


Dimensões:
  • Quantidade de aço utilizado: equivalente a 14 Torres Eiffel (100 mil toneladas de aço e 245 mil metros cúbicos de betão);
  • Profundidade: 303 metros, encontrando-se enterrada 35 metros no fundo, apenas através de seu próprio peso;
  • Altura: 472 metros;
  • Peso: 656 mil toneladas;
  • Tempo de deslocação do convés principal até sua base: 9 minutos de elevador;
  • Espessura das paredes: 1 metro de betão;


  O local onde se localiza a maior plataforma do mundo denomina-se pelo mesmo nome, o campo de Troll. Este é um dos enormes campos de gás e óleo que enriquecem a Noruega, localizado há 62 milhas náuticas, a Noroeste da cidade de Bergen, e a 31 milhas náuticas, a Oeste da Ilha de Fedje.

Campo de Troll
  Este campo é operado por um consorcio de mega empresas de petróleo, em que quase 60% pertence ao povo Norueguês. O óleo e o gás do campo são extraídos e processados por três plataformas, que são:
  • Troll A - do tipo Condeep;
Troll A
  • Troll B  (Bravo) - do tipo Semi-submersível em betão;
Troll B
  • Troll C (Charlie) - do tipo Semi-submersível em aço;
Troll C

Construção
   A Troll A é uma das ultimas plataformas tipo Condeep, tendo sido desenvolvida na década de 70, no Mar do Norte e Noruega.

Construção da Troll A

   Durante a sua construção, 2000 mil operários trabalharam dia e noite, durante 4 anos, no interior de um Fjord. Usaram um dique seco para betonagem da base, e no interior de um outro profundo Fjord ergeram as suas pernas. Por isso, foi rebocada para o interior do Fjord Vat, onde foram utilizadas técnicas revolucionárias de modo a entrega-la o mais rapidamente e com maior segurança possível. Esta procupação deve-se a alguns anos antes ter ocorrido um grande acidente na construção de outra plataforma tipo Condeep, parecida com a Troll A, a Sleipner. Esta entrou em colapso estrutural, desmoronando quando foi submergida para anexação dos módulos, o que representou um grande prejuízo.


Base das colunas em betão
   Antes de entrar em operação no Campo de Troll, em 1995, foi necessário a montagem dos módulos sobre as colunas de betão, onde usaram 245 mil metros cúbicos de betão armado e 100 mil toneladas de aço.
   Para a realização da betonagem, foi usado um sistema deslizante, accionado por macacos hidráulicos, o que resulta numa estrutura sem emendas, que poderiam causar graves infiltrações no mar.
  Esta operação complicada e de alto risco, demandou um grande esforço da equipa envolvida. Foi necessário submergir as colunas com  472 metros de altura, até que a base fica-se fime dezenas de metros no leito de um Fjord que possuía condições únicas para tal, garantido uma boa estabilidade. Porem, foi uma manobra que colocou toda a estrutura em grave risco.
Interior de uma das perna da Troll A
   Quando suas colunas foram totalmente submersas, a estrutura atingiu 1,2 milhão de toneladas. Uma vez completamente submersa, foi possível “encaixar” de uma vez só todos os módulos da plataforma sobre as colunas. Estes módulos consistem nas acomodações, oficinas, plantas de separação e compressão de gás, geração de energia, áreas de carga, plataforma de perfuração, tudo num único grande bloco. O bloco foi montado usando grandes barcaças, que deslizaram entre as pernas, e que quando submersas encaixaram o módulo sobre as quatro grandes pernas.


Reboque
   A maior operação de reboque oceânico de sempre foi montada para mover a Troll A, em cerca de 200 km, desde do interior do Fjord Vat até águas de mar aberto.


   Os maiores e mais potentes AHTS da época, em actividade, foram contratados para esta grandiosa tarefa. Dez ATHS, gerando mais de 180 mil cavalos, foram utilizados neste reboque. Este foi um grande sucesso da industria marítima, pois a Troll A em lastro atingia quase 1.200.000 toneladas de arqueação bruta, sendo assim o objecto maior e mais pesado já rebocado de toda a história.

Reboque da Troll A

   Segundo fontes, o projecto Troll está para Noruega assim como foi para NASA, enviar o homem à lua. Este projecto demandou 10 anos de trabalho, para desenvolvimento do campo, e instalação de gasodutos e oleodutos, que atingem quase 500 km de extensão no mar.




   A plataforma Troll A recebeu melhorias no ano de 2006, com a instalação de novos módulos de compressão e geração de energia e incremento nas acomodações, passando ainda naquela década para o controle da Statoil (antes era a Shell Noruega).
   Hoje em dia, o campo de Troll é um dos maiores responsáveis por suprir, não apenas a Noruega,  mas uma boa parte da Europa continental com gás natural
  


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