Sentença chocante. É assim que a maior parte da imprensa transalpina
qualifica o pesado veredicto aplicado aos seis cientistas que falharam a
avaliação de risco do terramoto de L'Aquila, em 2009.
O tribunal de Abruzzo considerou que os cientistas subestimaram os
riscos do terramoto de 6 de abril de 2009 que matou mais de 300 pessoas
no centro de Itália.
A opinião pública é unânime em considerar exageradas as penas de seis anos de prisão porque é “impossível” prever um terramoto.
Há quem receie que, com esta sentença, se abra um precedente, porque
se os “cientistas tiverem de prever a morte e a destruição, vão deixar
de trabalhar”.
A justiça aplicou uma pena de seis anos de prisão aos cientistas e a
um ex-responsável da proteção civil. Os condenados terão ainda de
indemnizar as vítimas em mais de 9 milhões de euros.
Se a condenação dos cientistas parece despropositada, são muitos,
por outro lado, os que querem sentar banqueiros, agências de rating,
políticos e economistas no banco dos réus por terem falhado redondamente
nas previsões económicas, provocando o sismo social que a Europa está a
atravessar.
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