O Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) de Espanha,
em colaboração com a Universidade de Addis Abeba (Etiópia), patenteou um
material para a purificação da água, o processo consiste na eliminação do flúor
da água, através de um tipo de zeólito muito abundante na Etiópia, a estilbite,
mineral da classe dos silicatos, composto por alumínio, cálcio e sódio, que apresenta
uma cor branca quando puro.
Mineral
de estilbite
A
ingestão excessiva de flúor pode provocar anomalias como a fluorose dentária e
esquelética. Em doses baixas este elemento pode até reforçar ambas as
estruturas, mas em grandes doses tem o efeito contrário tornando-as mais débeis
e quebradiças.
A principal vantagem em usar este mineral em relação a outros
eliminadores de flúor, centra-se no facto de existirem grandes quantidades de
estilbite por explorar na Etiópia e o tratamento necessário para criar o
material purificante ser bastante simples e barato.
O método utilizado consiste
em promover o crescimento controlado de hidroxiapatite nanoporosa sobre a
superfície do mineral, processo que se desenvolve facilmente devido ao alto
teor em cálcio que a estilbite possui e da sua topologia. Uma vez obtida a hidroxiapatite,
o passo final consiste apenas em submergi-la na água a descontaminar.
Actualmente está a ser estudada a viabilidade da exploração dos
depósitos de estilbite na Etiópia. A elevada pureza em que o mineral se
encontra, parece tornar viável a sua extracção e exploração.
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