Os mais de 130 vulcões actualmente activos na Indonésia fazem das suas  17.500 paradisíacas  ilhas o local do globo mais susceptível à ocorrência erupções vulcânicas.  As próprias ilhas existem graças à colisão da Placa Australiana com a Euro-Asiática, mas as mesmas forças que as construíram,  continuam a molda-las e neste gigantesco processo, há milhões de vidas em jogo.
A posição geográfica destas ilhas faz delas um imenso centro de risco geológico, estando sempre sob a ameaça de uma erupção, terramoto e tsunami, ou mesmo dos três em simultâneo. 
E foi exactamente isso que sucedeu em fins de Outubro: no dia 26, o Monte Merapi, localizado na ilha de Java, entrou em erupção. Com ele a terra tremeu, e a terra o mar varreu sob a forma de uma onda de maré.  
As autoridades começaram por evacuar 40 mil pessoas para estabelecer  um perímetro de segurança de 10km em torno da cratera da  montanha (que atinge o pico aos 2.914 metros. de altitude).
Estas forças combinadas levaram consigo mais de 400 vidas, tendo havido mais de 300 pessoas desaparecidas (29 Out.). 
Nos hospitais, faltavam os meios: «É preciso mais camas e medicamentos ee há falta de oxigénio sobretudo para as crianças e idosos», afirmou um médico. Havia mais de 13 mil pessoas nos centros de evacuação à espera de alimentação e medicamentos. Na noite de 29, as equipas de socorro encontraram um bebé de um ano, que sobreviveu sozinho durante três dias, no entanto a Cruz Vermelha considera que vai ser difícil encontrar outros sobreviventes, tarefa muito complicada pelas chuvas torrenciais e as marés altas.
O tsunami, que teve ondas de até 6 metros de altura, segundo testemunhas, foi causa directa de um terremoto de 7,5 graus na escala Richter. 
A erupção no Merapi, só por si não foi tão mortífera (191 mortos), mas são os efeitos combinados das forças da Natureza que formam a verdadeira destruição. 
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