07 fevereiro 2012

LNEG estuda costa ocidental

   O LNEG prepara-se para avançar com a cartografia geológica em profundidade à escala 200 mil, da costa portuguesa.

   Em 2012, na sequência de protocolo assinado com a Direcção-Geral de Energia e Geologia, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) prepara-se para avançar com a cartografia geológica em profundidade, à escala de 200 mil, da costa portuguesa. "Essa cartografia e a análise da mesma e das sondagens existentes por parte de um Laboratório de Estado permitirá ao País, e não apenas às empresas petrolíferas, um conhecimento geral mais elevado", explica o geólogo Pedro Terrinha.
   A primeira área a ser cartografada – de um total de cinco cartas – corresponde à zona entre Peniche e Setúbal. Segundo o geólogo, a escolha desta área está relacionada com o facto de já existir uma cartografia em terra bastante desenvolvida e por se tratar de uma região do país "onde se sabe que há hidrocarbonetos". No final do ano, estarão concluídas as primeiras cartas.


   Para fazer o mapeamento geológico de jazigos em profundidade são utilizadas técnicas indirectas, como a sísmica de reflexão, em que um canhão de ar fornece um impulso acústico que viaja pela água e pela terra e, de cada vez que encontra um interface importante entre duas rochas, é reflectido. As ondas acústicas assim reflectidas por horizontes permitem conhecer a estrutura das bacias sedimentares, onde podem ou não estar alojados hidrocarbonetos. A partir destes dados, é possível também prever a temperatura a que a matéria orgânica – caso esta exista nos sedimentos – pode ter estado sujeita. 
    As técnicas directas, as sondagens, ajudam a prever a porosidade e a permeabilidade das rochas, a par da sua composição química e mineralógica. É a matéria orgânica alojada na rocha mãe que, ao ser submetida a temperaturas elevadas, se vai transformar em hidrocarbonetos, que possuem densidade inferior à água. Caso exista permeabilidade, o petróleo poderá então escapar para uma outra rocha, que servirá de reservatório, desde que esta tenha porosidade para funcionar como esponja e albergá-lo nos seus poros. A última condição para a existência de petróleo ou gás natural é haver rochas impermeáveis que não permitam que estes escapem da rocha reservatório.


Primeira perfuração de petróleo em Portugal pode avançar em 2013

In Água&Ambiente - Principal a 5 de janeiro de 2012

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Retirado de:
http://www.lneg.pt/divulgacao/noticias-institucionais/179

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