Estamos perante um problema cada vez mais sério, cada ser humano consome, por dia, 22 quilos de recursos naturais (produtos agrícolas, madeiras, energias fósseis ou metais). Este consumo diverge profundamente consoante as regiões do globo, sendo fácil perceber a responsabilidade do Ocidente sobre esta matéria.
Gastos multiplicados por 23 até 2050
O gasto de minerais e combustíveis em 2050 deverá ser 23 vezes superior ao registado no início do século XX. Na segunda metade deste século deverão estar esgotadas as reservas dos metais de maior interesse, e não se diga que se ultrapassará o problema reciclando-os. Em alguns casos, a recuperação é tecnicamente possível a 100%, mas esta meta é inalcançável porque há sempre uma percentagem considerável de materiais que é impossível recolher e, portanto, tratar.
Os actuais modelos económicos têm custos insustentáveis. Se ainda é lucrativo fazer prospecção para encontrar algumas gramas de ouro, o mesmo não acontece para outros metais. Investigadores japoneses encontraram uma enorme riqueza no fundo do Pacífico, a quatro mil metros de profundidade, no entanto, qual será o custo energético para assegurar essas explorações?
O alerta do Postdam Institute for Climate Impact Research tem particular importância, uma vez que refere que para fixar o aquecimento global em dois graus até ao final do século seria necessário deixar intocáveis 80% das reservas actuais de petróleo, carvão e gás. Um objectivo inalcançável, certamente!
O fim do motor de explosão?
Mas há lugar para algum optimismo sobre as preocupações ambientais. Já se estuda afincadamente a substituição dos motores a explosão por motores eléctricos, o que traria ganhos ambientais, no entanto um enorme desemprego, ou não fossem estes motores muito mais fáceis de construir (um motor eléctrico tem 200 peças contra 1400 nos de combustão).
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Adaptado de:
http://expresso.sapo.pt/ambiente-a-corrida-aos-minerios=f770365
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