Já foram apresentados publicamente os três satélites que compõem a missão da Agência Espacial Europeia (ESA) para o estudo do campo magnético da Terra. Na sequência de um programa de testes rigorosos, os satélites foram exibidos na sala limpa antes de serem enviados para a Rússia, onde em Julho serão lançados.
Constelação Swarm |
A «Swarm» é a primeira constelação de satélites da ESA destinados a medir os sinais magnéticos do núcleo da Terra, do manto, crosta, oceanos, ionosfera e magnetosfera. Estas medidas irão fornecer dados que permitirão aos cientistas estudar as complexidades do nosso campo magnético protector.
O escudo magnético protege o planeta de partículas carregadas, como o vento solar. Sem esta protecção a vida na Terra seria impossível, explica a ESA. Este escudo é gerado sobretudo nas profundezas do planeta, no núcleo líquido externo, por um "oceano" de ferro em turbilhão. A forma como o campo é criado e como se altera ao longo do tempo é complexa e não foi ainda completamente compreendida.
É uma força em constante mudança que, neste momento, mostra sinais de enfraquecimento significativo. Com uma nova geração de sensores, a constelação Swarm proporcionará maior conhecimento sobre estes processos naturais e de como está o “tempo” no espaço.
A Swarm será a quarta missão Earth Explorer da ESA em órbita, depois das GOCE, SMOS e CryoSat. Daqui a cinco meses, os três satélites serão enviados em conjunto por um lançador Rockot, a partir do Cosmódromo de Plesetsk, norte da Rússia. Dois irão orbitar muito próximos um do outro e à mesma altitude, inicialmente a 460 quilómetros, enquanto o terceiro estará numa órbita mais alta, a 530 quilómetros. O recurso a diferentes órbitas polares próximas, juntamente com os vários instrumentos Swarm, melhorará a recolha de dados, ajudando na distinguir entre os efeitos de diferentes fontes de magnetismo.
Volker Liebig, diretor dos programas de observação da Terra da ESA, diz esperar que “a inovadora constelação Swarm, com os seus três satélites orbitando em formação, consiga recolher os melhores dados de sempre sobre o campo magnético”.
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