Actualmente, o grupo de insectos parasitas conhecido como pulgas infesta frequentemente mamíferos e aves, no entanto, pouco é conhecido sobre as suas origens. O registo fóssil de pulgas consistia em espécies semelhantes às que existem actualmente e que viveram nos últimos 65 milhões de anos.
Contudo, Michael Engel, um paleoentomologista da universidade do Kansas e a sua equipa estenderam a história dos parasitas até há 150 milhões de anos atrás, com a descoberta de uma série de fósseis bem preservados na China. A equipa estudou nove espécimes de pulga de um depósito do Jurássico com 165 milhões de anos, em Daohugou e, de um estrato do Cretácico com 125 milhões de anos, em Huangbanjigou.
Fig. 1 - Exemplares pulgas do Jurássico e do Cretácico.
Enquanto as pulgas modernas variam entre 1 a 10 mm de comprimento, as espécies do Jurássico e Cretácico tinham entre 8 a 21 mm. Por outro lado, estas espécies primitivas não apresentam as estruturas especializadas no salto, em comparação com as espécies actuais, e o aparelho bucal era uma estrutura bem reforçada e cravejada com projeções tipo serra, que contrastam com as mandíbulas suaves das pulgas modernas.
A equipa de Michael Engel acreditam que estas pulgas eram animais que atacavam por emboscada, conseguindo alimento escondendo-se na periferia e depois trepando para o hospedeiro por breves períodos para se alimentarem antes de se libertarem novamente. Resta a questão sobre quais seriam os seus hospedeiros, pois, segundo Engel, peças bucais são certamente um exagero para perfurar a pele de mamíferos primitivos e aves, parecendo que eram especializados em trabalhar em couros duros, como os dos dinossáurios.
Adaptado de:
Naturlink, a ligação à natureza - http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Descobertos-fosseis-de-pulgas-que-seriam-parasitas-dos-dinossaurios?bl=1
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