15 março 2012

Mohave quer avançar com um furo de prospecção de petróleo a 700 metros do Mosteiro de Alcobaça

A "Mohave Oil and Gas Corporation" quer avançar com um furo de prospecção de petróleo a 700 metros do Mosteiro de Alcobaça, no entanto anunciou à autarquia local no passado dia 14 de Março de 2012 que só aprovará esta operação só depois de avaliar todos os riscos que implicará para o monumento, que é classificado com Património da Humanidade pela UNESCO.

Fig. 1 - Mosteiro de Alcobaça (I de Inês - http://1355ines.blogspot.com/2011/05/mosteiro-de-alcobaca.html).




O presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Paulo Inácio, afirmou à agência Lusa que, "A Mohave solicitou autorização para fazer uma prospeção dentro do perímetro urbano, mas a Câmara só irá decidir depois de saber todos os riscos da realização do furo".

De acordo com o autarca, a empresa que estuda a hipótese de existência de petróleo na região de Alcobaça e de Torres Vedras, afirma ter "dados científicos encorajadores", que justificam a realização de um furo dentro do perímetro urbano da cidade de Alcobaça, junto à VCI (via de cintura interna).
O local dista cerca de 700 metros do Mosteiro de Alcobaça, pelo que Paulo Inácio quer "saber todas as informações" e se "estão reunidas as condições de segurança" antes autorizar a operação.

A pretensão da empresa vai ser discutida na próxima Terça-feira, dia 20 de Março de 2012, numa a reunião com os responsáveis pela Mohave, a Direção Geral de Energia (DGE) e o IGESPAR (Instituto do Património Arquitetónico e Arqueológico).

"A DGE já informou à Câmara que considera a situação normal e que o mesmo já foi feito noutras cidades europeias, como Roterdão (Holanda) e Paris (França), mas queremos que sejam acauteladas todas as proteções ao Mosteiro antes de decidir", adiantou o presidente.


No âmbito do contrato de concessão a empresa já realizou trabalhos de prospeção geofísica numa área de 160 quilómetros quadrados, repartidos por várias freguesias no concelho de Alcobaça.

Anteriormente haviam sido realizadas análises sísmicas em algumas freguesias e na cidade de Alcobaça, onde a câmara autorizou os trabalhos, depois de obtido parecer favorável do IGESPAR e ter estipulado um raio de proteção de 500 metros ao Mosteiro de Alcobaça.



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