07 setembro 2013

Vimioso - Centro Interpretativo das Minas de Volfrâmio

O Centro Interpretativo dedicado às minas de volfrâmio em Argozelo, desactivadas desde a década de 1980, irá contar com uma mostra que reunirá o espólio de antigos trabalhadores e testemunhos dos mesmos, além de outras componentes. 


O novo centro vai nascer na cortinha do Calvário, junto a uma das entradas da vila de Argozelo. De acordo com o município "as obras deverão ter o seu início ainda este mês de Setembro".



"O projecto estava feito há muito tempo. O concurso público para adjudicação do centro tinha sido feito já mais de um ano, mas a Câmara entendeu fazer a obra quando houvesse dinheiro", disse o vice-presidente da autarquia de Vimioso, Jorge Fidalgo, justificando o momento para arranque dos trabalhos.

Com este equipamento pretende-se prolongar a memória viva da importância das minas de volfrâmio de Argozelo, estando prevista a sua conclusão no espaço de um ano. "A ideia é criar um espaço onde se preserve a história das minas de Argozelo que integraram a realidade da região e do concelho de Vimioso", acrescentou Jorge Fidalgo.

No edifício haverá espaços de cultura, serviços e lazer, de forma a mostrar a realidade do que se viveu e o seu desenvolvimento na vertente histórica e social, através da exploração do minério, e ao mesmo tempo dotar a vila de Argozelo de espaço necessários como um auditório.

Investigadores daquele território mineiro sublinham que desde que há registo da região existe uma "associação à exploração do volfrâmio". Desde o final da década de 1980, altura em que as minas encerraram à exploração mineira, verificou-se muita "degradação devido às intempéries e, maioritariamente, por vandalismo".

Esta situação levou as autoridades a uma requalificação ambiental da zona principal da exploração mineira, que retirou a maioria dos vestígios. A mina foi, então, selada.

Este Centro procura aproveitar algum do espólio que ainda lá se encontra, para além daquele que muitos ex-mineiros guardam em suas casas, bem como recolhas de testemunhos e memórias que foram recolhidas ao longo dos anos em que as minas estiveram em actividade. O equipamento está orçado 265 mil euros e é comparticipado a 80% por fundos comunitários, através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).
_________________________________
Retirado de: cafeportugal.net

Sem comentários: