A maior central geotérmica do mundo foi acabada de construir na Nova Zelândia. Projectada pela Mighty River Power, a central geotérmica Ngatamariki, com 100 MW, é o terceiro projecto de energia geotérmica realizado no país desde 2008. A infra-estrutura está localizada perto de Taupo, na Ilha do Norte, e foi considerada um marco estratégico por parte da empresa e uma importante conquista em termos de energias renováveis.
Imagem por Szymon Stoma |
A complexidade inerente a um projecto destes fez com que a Mighty River Power andasse mais de uma década em negociações à procura de potenciais parcerias, tendo gasto mais de 75M de dólares em prospecção, ainda antes de se avançar com o projecto.
De acordo com Joan Withers, da Mighty River, este investimento foi fundado no pressuposto de que os custos de produção da energia dos concorrentes mais directos venham a disparar, uma vez que que se baseiam na queima de combustíveis fósseis, fazendo com que as energias renováveis ganhem uma posição cada vez mais sólida, trazendo lucro aos detentores das acções da empresa e grandes benefícios a todos os neozelandeses.
A Ormat, responsável pela construção da central, avança que esta é a maior construção do género em todo o mundo. Os conversores de energia são directamente alimentados por fluidos geotérmicos com temperaturas na ordem dos 193ºC, o que faz com que 100% do fluido sejam reaproveitados, sem qualquer consumo de água e emissões reduzidas, minimizando, assim, os impactos no meio ambiente e impedindo o esgotamento da fonte geotermal.
Imagem por Szymon Stoma |
Doug Heffernan, também da Mighty River, afirmou que foi a aposta na energia geotérmica que lhes trouxe vantagem competitiva no mercado da energia eléctrica da Nova Zelândia. De acordo com Heffernan, a central de Ngatamariki é um importante passo para a Mighty River Power, que pretende liderar o regresso a esta fonte de energia. A Mighty River controla 5 centrais geotérmicas na Nova Zelândia, correspondendo a 10% do total da produção eléctrica do país, cortando as emissões de carbono anuais em 3M de toneladas.
"Durante muitos anos, a energia geotérmica foi um gigante adormecido, uma espécie de segredo da Nova Zelândia, e agora é a inveja de todos por causa da segurança que traz e por causa da sua contribuição em tirar os combustíveis fósseis do circuito económico e do meio ambiente", afirmou Heffernan.
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Referências:
greensavers.sapo.pt
inhabitat.com
cleantechnica.com
reneweconomy.com.au
Traduções por: ROMMAN
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