A Lua tem 100 milhões de anos a menos que se pensava, aponta um estudo do Instituto de Ciência Carnegie, nos Estados Unidos. A descoberta pode, segundo os cientistas, mudar a forma como se entende os primeiros anos de existência da Terra e do seu satélite natural.
A principal teoria creditada à origem da Lua afirma que esta surgiu após o choque de um grande planeta, do tamanho de Marte ou maior, contra a Terra. Essa colisão teria ocorrido há 4,56 mil milhões de anos, logo após a formação do Sistema Solar.
Contudo, análises recentes de rochas lunares levaram cientistas a estimar uma nova data para esse choque, que teria acontecido antes do estimado, por volta de 4,4 mil milhões e 4,5 mil milhões de anos atrás.
"Novas questões surgem a partir dessa formação mais tardia da Lua", diz o cientista Richard Carlson. "Por exemplo, se a Terra já era um planeta estabelecido antes do grande impacto, não teria esse choque posto fim à atmosfera vigente até então?", questiona.
Segundo Carlson, estimar a idade de grandes corpos do Sistema Solar, como a Terra e a Lua, não é tão simples quanto de corpos menores, como os asteróides.
"Quando se trata da Terra e Lua não existem respostas precisas. A Terra provavelmente demorou bem mais para se desenvolver e chegar ao tamanho actual do que um pequeno asteróide, por exemplo, e todo o passo dado em direcção a esse crescimento tende a ter apagado - ou, pelo menos, embaralhado - as evidências de eventos anteriores."
Mas há quem sustente a versão de que a Lua é ainda mais nova. Acredita-se que logo após a sua formação, a Lua teria abrigado um grande "oceano de magma", e rochas desse oceano tiveram a idade estimada de 4,36 mil milhões de anos. Já na Terra, as evidências encontradas do choque que originou a Lua datam de 4,45 mil milhões de anos.
Para as duas hipóteses, ainda não confirmadas, a Lua seria ainda mais recente do que o apontado pelo novo estudo.
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Retirado de: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=657881
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