12 outubro 2013

Fóssil de peixe que viveu há 419 Ma ajuda a entender a origem da mandíbula


Foi descoberto por um grupo de especialistas internacionais em 2010, nas rochas sedimentares marinhas da Formação Kuanti, no Sul da China. Sendo a pesquisa elaborada por estes especialistas, divulgada na revista Nature.

Visão artística do peixe primitivo descoberto.
Foto: Brian Choo

Este peixe, que viveu nos mares há 419 milhões de anos, durante o período Silúrico e media cerca de 20cm de comprimento, pode ajudar os especialistas a esclarecer o aparecimento dos animais com mandíbulas  um processo essencial para que os vertebrados (incluindo o homem), desenvolvessem a capacidade de morder e mastigar alimentos. Até então, os especialistas tinham que conviver com uma grande lacuna, separando os animais com e sem mandíbula.


A equipa liderada por Min Zhu, do Instituto de Paleontologia e de Paleoantropologia dos Vertebrados em Pequim, baptizou o animal de Entelognathus primordialis (“mandíbula completa primordial”). Este peixe possuía-a surpreendentes características anatómicas, tratando-se actualmente, do mais antigo animal com mandíbula moderna.

Duas vistas da sua cabeça fóssil do Entelognathus primordialis.

O Entelognathus primordialis é um placodermo, um grupo extinto de peixes primitivos. A análise feita a este fóssil, demonstra características diferentes dos outros placodermos descobertos até então, apresentando ossos (faciais), em vez de maxilares feitos essencialmente de cartilagem visto nos outros placodermos já conhecidos.
Ao confirmar-se estes resultados, o novo fóssil poderá pôr em causa a história natural dos vertebrados tal como é contada há mais de cem anos. Contradizendo a ideia enraizada em paleontologia, de que o antepassado comum de todos os vertebrados modernos era fisicamente parecido com os tubarões actuais.


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