Actualmente, os métodos para a recuperação de ouro envolvem o uso de cianetos altamente venenosos, conduzindo frequentemente à contaminação do meio ambiente. Este processo de lixiviação é utilizado por quase todas as empresas de mineração de ouro.
O novo método verde extrai o ouro a partir de fontes em bruto, deixando para trás outros metais que estão frequentemente associados ao ouro. Este novo processo também pode ser utilizado para extrair ouro a partir de resíduos electrónicos de consumo.
O processo foi descoberto por acaso quando Zhichang Liu, um pós-doutorado no laboratório de Fraser Stoddart (Professor de Química na Weinberg College of Arts and Sciences, USA) e primeiro autor do artigo, levou dois tubos de ensaio contendo soluções aquosas - uma do amido derivado de alfa-ciclodextrina, o outro de ouro dissolvido (Au) de sal - e misturou-os juntos numa proveta, à temperatura ambiente. Liu tentava criar uma estrutura que poderia ser utilizada para armazenar gases e pequenas moléculas mas, inesperadamente, obteve agulhas, que se formaram rapidamente após a mistura das duas soluções.
Os resíduos resultantes deste novo método são (relativamente) benignos ambientalmente, enquanto que os resíduos a partir de métodos convencionais incluem sais de cianeto e gases tóxicos. Este procedimento também é mais eficiente do que os processos comerciais correntes.
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