09 outubro 2013

Marte teve vulcões gigantes, muito explosivos, no início da sua formação



O estudo, liderado pelo investigador Joseph Michalski, do Instituto de Ciência Planetária de Tucson, nos EUA, sugere novas evidências de que Marte pode ter tido vulcões gigantes no passado. A descoberta foi publicada na revista “Nature” e segundo os cientistas, pode mudar o actual panorama sobre a actividade vulcânica e a evolução climática de Marte.
Estes dados são sustentados pela descoberta de crateras irregulares, localizadas na Arabia Terra, região planáltica no norte de Marte, que constituem uma zona vulcânica desconhecida até agora.

Candidato a super-vulcão em Marte, chamado Oxus Patera.

Segundo Joseph Michalski, em declarações à agência Efe, referiu que os super-vulcões “provavelmente formaram-se nos primeiros 1000 milhões de anos da história de Marte", sendo que o planeta "tem 4600 milhões de anos, como a Terra".
Os cientistas já sabiam da formação de vulcões em Marte, contudo, este novo estudo refere-se a outro tipo de actividade vulcânica, a de vulcões "muito explosivos, que estão entre os mais antigos de Marte".

Semelhantes a Yellowstone

Para os investigadores, as crateras são semelhantes às dos super-vulcões que se formaram na Terra, como o do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, com uma área de quase 9000 Km2. As características das crateras de Marte indicam que estas formaram-se devido a uma erupção de enormes proporções, que depois entraram em colapso.

Visão em alta resolução de depósitos de materiais 
em camadas e colapso da região de Eden Patera.

Os materiais vulcânicos descobertos em redor de Arabia Terra, poderão ter origem nessas gigantescas erupções. Além disso, os compostos voláteis libertados pelos super-vulcões teriam alterado o clima do planeta.
A equipa de Joseph Michalski analisou a topografia do planeta a partir de dados obtidos através do instrumento a laser Mars Orbiter Laser Altimeter (MOLA), colocado em órbita a bordo da sonda americana Mars Global Surveyer, além de informação recolhida na missão espacial não tripulada Mars Express, que estuda o planeta desde 2003.


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