Foto: AFP/Christophe Simon |
A Petrobras, parceira da Galp na prospecção de petróleo em sete
blocos de águas profundas em Peniche e no Alentejo, vai encerrar as
actividades em Portugal, disse ao PÚBLICO fonte oficial da empresa.
“Após a avaliação dos resultados dos estudos de geologia e geofísica
efectuados nas áreas das concessões que detém em Portugal, [a Petrobras]
considera que o risco exploratório não justifica a continuidade de sua
participação no projecto”, revelou fonte oficial da petrolífera
brasileira em Portugal.
A mesma fonte adiantou que “face à não existência de outros projectos que se enquadrem estrategicamente no Plano de Negócios e Gestão” definido pela empresa para o período 2013-2017, esta “tomou a decisão de encerrar as suas actividades no país, respeitando e cumprindo as suas obrigações formais com os seus colaboradores, bem como com o Estado português, sócios, fornecedores e demais partes interessadas".
A Petrobras estava em Portugal desde 2007 e detinha, em parceria com a Galp, a concessão da exploração de sete blocos em águas profundas: quatro na bacia de Peniche (Camarão, Amêijoa, Mexilhão e Ostra) e três na bacia do Alentejo (Gamba, Santola e Lavagante), com uma participação de 50% em cada um deles.
A decisão de abandonar Portugal enquadra-se na estratégia assumida pela presidente da empresa, Graça Foster, de concentrar os investimentos no pré-sal brasileiro e desinvestir de operações não estratégicas no estrangeiro. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, esta política poderá levar ao encerramento de 38 operações da Petrobras até 2015.
A mesma fonte adiantou que “face à não existência de outros projectos que se enquadrem estrategicamente no Plano de Negócios e Gestão” definido pela empresa para o período 2013-2017, esta “tomou a decisão de encerrar as suas actividades no país, respeitando e cumprindo as suas obrigações formais com os seus colaboradores, bem como com o Estado português, sócios, fornecedores e demais partes interessadas".
A Petrobras estava em Portugal desde 2007 e detinha, em parceria com a Galp, a concessão da exploração de sete blocos em águas profundas: quatro na bacia de Peniche (Camarão, Amêijoa, Mexilhão e Ostra) e três na bacia do Alentejo (Gamba, Santola e Lavagante), com uma participação de 50% em cada um deles.
A decisão de abandonar Portugal enquadra-se na estratégia assumida pela presidente da empresa, Graça Foster, de concentrar os investimentos no pré-sal brasileiro e desinvestir de operações não estratégicas no estrangeiro. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, esta política poderá levar ao encerramento de 38 operações da Petrobras até 2015.
Foi recentemente conhecida uma das maiores operações
abrangidas por esta política. A PetroChina, uma das maiores petrolíferas
do mundo, anunciou que chegou a acordo com a Petrobras e que lhe vai
comprar todos os activos de petróleo e gás no Peru, por 2,6 mil milhões
de dólares (cerca de 1,9 mil milhões de euros), ganhando também escala
na América Latina.
A par de Portugal, Austrália, Irão, Nova Zelândia, Turquia e Líbia são operações que estarão também em processo de encerramento.
A par de Portugal, Austrália, Irão, Nova Zelândia, Turquia e Líbia são operações que estarão também em processo de encerramento.
Em virtude desta decisão, o Governo Português está disponível para rever os prazos da prospecção de
petróleo na bacia do Alentejo e dar mais tempo para os trabalhos contratualizados ao
consórcio responsável, o qual deverá passar a ser totalmente detido pela
Galp. A petrolífera portuguesa já pediu um ano de adiamento.
Foto: Joana Camões |
Em Julho passado, a Petrobras já tinha
vendido à Repsol a posição de 65% que detinha em outro consórcio com
áreas concessionadas na bacia de Peniche e constituído pela Galp e
Partex, para além da própria petrolífera brasileira. Os valores destas operações não
são conhecidos.
Fonte oficial da Secretaria de Estado da Energia
disse ao PÚBLICO que “o Governo pode considerar rever os prazos”,
sobretudo no que se refere à realização de sondagem de pesquisa nas
águas do Alentejo. A extensão de prazos tem sido considerada pela Galp
um ponto fundamental para resolver a saída da Petrobras e para assumir a
posição da petrolífera brasileira, já que passa a suportar sozinha um
esforço de investimento pesado por se tratar de águas profundas. O que o
Governo também reconhece: “Trata-se de áreas de fronteira em águas
profundas e implicando investimentos muito elevados, a serem totalmente
suportados pelas empresas petrolíferas”.
A Galp aguarda agora que o
Governo aprove formalmente a venda da posição da companhia brasileira à
sua congénere portuguesa, tendo solicitado o adiamento de um ano nos
trabalhos de prospecção e estudos de avaliação e sondagem de pesquisa,
segundo a mesma fonte.
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