24 outubro 2013

Fóssil raro de mosquito descoberto com sangue no abdómen

Dale Greenwalt, coordenador do estudo na Academia Nacional de Ciências e pesquisador voluntário do Museu Nacional de História Natural, em Washington, descobriu o fóssil de mosquito depois de este ser dado ao museu como presente.
"É um fóssil extremamente raro, o único do seu género no mundo", disse Dale Greenwalt, o mosquito descoberto tem cerca de 46 milhões de anos e foi encontrado numa zona ribeirinha de Montana, nos Estados Unidos. 

O fóssil de um mosquito encontrado em Montana

Nos estudos de Greenwalt e dos seus colaboradores, o mosquito fossilizado, foi bombardeado com moléculas de bismuto, um metal pesado, que serve para vaporizar os produtos químicos encontrados nos fósseis. Estes produtos químicos são analisados através de um espectrómetro, que permite identificar estes produtos com base no seu peso atómico. A análise revelou a presença de sangue, escondido no abdómen do mosquito. Não é possível descobrir de que criatura veio o sangue, já que o ADN não pode ser extraído de um fóssil tão antigo. Dale Greenwalt afirmou que o sangue deve de uma ave, uma vez que o velho mosquito antecedeu um moderno do género Culicidae, que gosta de se alimentar de pássaros.

Este fóssil tem ainda mais uma particularidade, uma vez que foi preservado em xisto, ao invés de âmbar onde geralmente os insectos são mais bem preservados. Dale Greenwalt afirma que, “As hipóteses de tal insecto ser preservado em xisto, são quase ínfimas”, não há forma de se saber exactamente como o mosquito foi preservado tão bem, apesar de os investigadores suspeitarem de que o insecto ficou preso em algas suspensas na água.
Ainda que diste do fóssil de mosquito mais antigo (95 milhões de anos), este fóssil é de facto uma raridade.

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