O primeiro grande choque petrolífero ocorre em 1973, quando a Organização de Países Produtores de Petróleo (OPEP) eleva o preço do barril de 3 para 12 US$, baixando a produção e decretando o embargo à Europa (devido ao apoio a Israel na guerra de Yom Kipur).
O 25 de Abril de 1974 decorre neste contexto. Com a independência de Angola (país produtor de petróleo) e a nacionalização das empresas petrolíferas nacionais, o Governo português abandona toda a área da exploração e produção, ficando apenas ligado à refinação e distribuição. Desaparece aqui a oportunidade de criar uma boa empresa nacional de exploração e produção e a oportunidade de construir uma boa escola da área de petróleos. "Faltou-nos aqui visão, cultura e governança".
Até ao virar do século, existia mais atracção em se investir no Norte de África do que em Portugal. Como tal, pode-se dizer que não se conhece as reversas de petróleo e gás do país, principalmente nas águas profundas do "offshore", no entanto, actualmente existe um grande esforço de prospecção devido às mudanças na legislação.
A decisão de fazer um primeiro poço exploratório será tomada ainda em 2013, após a fase de prospecção sísmica 3D na zona de Peniche e Alentejo. No Algarve, os estudos indicam um potencial de gás elevado, sendo o primeiro furo iniciado pelo menos em 2014, pela Repsol aliada à Partex Oil anda Gas. No "onshore", a Mohave Oil & Gas e a Galp Energia passaram à fase de desenvolvimento da concessão de Aljubarrota.
Quanto aos recursos não convencionais, denominados shale-oil e shale-gas, que revolucionaram o mercado do gás, Portugal apenas tem de iniciar o caminho dos recursos convencionais, atraindo empresas para a prospecção.
As empresas nacionais da área também sofreram uma grande transformação. A Galp (que se tornou numa empresa de produção e exploração no virar do século) e a Partex Oil and Gas possuem parceiras no Brasil, Moçambique, Angola, Timor, Médio Oriente, Cazaquistão, etc., com exploração de reservas bastante significativas.
Para além do aspecto financeiro, uma componente estratégica muito relevante é o "know-how" nacional e a consequente criação de uma cultura empresarial, numa área que irá desempenhar um papel crucial na politica energética mundial, durante muitos anos. Como tal, as decisões técnicas e de gestão são fundamentais em grandes projectos, com os maiores desafios tecnológicos da actualidade: a exploração em águas ultra profundas e a exploração do pré-sal. Estes desafios passam pelas seguintes áreas de engenharia:
"Up-stream"
"As oportunidades estão criadas para a criação de uma escola e uma cultura empresarial na área dos petróleos. Temos a obrigação, para com as gerações futuras, de não as desperdiçar."
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Adaptado de:
SOARES, Almicar (2012). "Petróleo e Gás - A Nova Oportunidade na Exploração e Produção". Ingenium, 131, pág. 38-39.
A decisão de fazer um primeiro poço exploratório será tomada ainda em 2013, após a fase de prospecção sísmica 3D na zona de Peniche e Alentejo. No Algarve, os estudos indicam um potencial de gás elevado, sendo o primeiro furo iniciado pelo menos em 2014, pela Repsol aliada à Partex Oil anda Gas. No "onshore", a Mohave Oil & Gas e a Galp Energia passaram à fase de desenvolvimento da concessão de Aljubarrota.
Quanto aos recursos não convencionais, denominados shale-oil e shale-gas, que revolucionaram o mercado do gás, Portugal apenas tem de iniciar o caminho dos recursos convencionais, atraindo empresas para a prospecção.
As empresas nacionais da área também sofreram uma grande transformação. A Galp (que se tornou numa empresa de produção e exploração no virar do século) e a Partex Oil and Gas possuem parceiras no Brasil, Moçambique, Angola, Timor, Médio Oriente, Cazaquistão, etc., com exploração de reservas bastante significativas.
Para além do aspecto financeiro, uma componente estratégica muito relevante é o "know-how" nacional e a consequente criação de uma cultura empresarial, numa área que irá desempenhar um papel crucial na politica energética mundial, durante muitos anos. Como tal, as decisões técnicas e de gestão são fundamentais em grandes projectos, com os maiores desafios tecnológicos da actualidade: a exploração em águas ultra profundas e a exploração do pré-sal. Estes desafios passam pelas seguintes áreas de engenharia:
"Up-stream"
- Avaliação de risco nas fases de prospecção e avaliação;
- Caracterização de reservatórios;
- Integração sísmica;
- Modelização geomecânica;
- Campos digitais inteligentes.
Desenvolvimento e Produção
- Técnicas de furação;
- Técnicas de recuperação (Enhanced Oil Recovery);
- Simulação de reservatórios;
- Riscos tecnológicos;
- Riscos ambientais;
- Logística e gestão de risco.
"As oportunidades estão criadas para a criação de uma escola e uma cultura empresarial na área dos petróleos. Temos a obrigação, para com as gerações futuras, de não as desperdiçar."
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Adaptado de:
SOARES, Almicar (2012). "Petróleo e Gás - A Nova Oportunidade na Exploração e Produção". Ingenium, 131, pág. 38-39.
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