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17 outubro 2013

Seminário de Encerramento do Projecto Prospeg

A Sinergeo - Soluções Aplicadas em Geologia, Hidrogeologia e Ambiente Lda. vai apresentar, a 25 de Outubro de 2013, no Instituto Empresarial do Minho, o Seminário de Encerramento do Projecto Prospeg.




21 junho 2013

Spin-off da Univ. do Minho desenvolve ferramentas inovadoras na prospecção

   No âmbito do projecto PROSP, a Sinergeo (spin-off da Universidade do Minho) está a desenvolver ferramentas inovadoras para a prospecção e detecção de pegmatitos graníticos, rochas que incluem minerais utilizados no sector das novas tecnologias.


   “Estamos a trabalhar na base da cadeia de valor, isto é, tentando contribuir para a facilitação do acesso à matéria-prima proveniente de jazigos pegmatíticos, que incorpora vários produtos de alta tecnologia à venda em todo o mundo. O tântalo é, por exemplo, um dos metais provenientes de pegmatitos mais usado nos telemóveis”, explica o coordenador Bruno Pereira. E acrescenta: “Com esta abordagem, um dos objectivos é proporcionar às empresas de exploração mineira a implementação de uma metodologia em que seja necessário menos investimento numa fase inicial da prospecção”. 

   Os métodos em desenvolvimento recorrem à prospecção geológica auxiliada pela análise distanciada e por técnicas de detecção remota, através de sensores multiespectrais, integrando em simultâneo dados de levantamentos espectrais no terreno, levantamentos geológicos de detalhe, bem como informação sobre as características estruturais, morfológicas, morfométricas, petrográficas, químicas e espectrais dos minerais e rochas em estudo.

   “As ferramentas de análise distanciada e detecção remota são normalmente desenvolvidas para a prospecção de jazigos minerais, que têm elevado valor económico e para os quais existe um grande investimento financeiro em actividades de prospecção. O mesmo não acontece com os aparelhos pegmatíticos, algo que com projectos como o PROSPEG se tenta mudar”, adianta Bruno Pereira.
   Além disso, o trabalho contempla o estudo das combinações espectrais típicas pegmatíticas, área inovadora de investigação, fruto das combinações mineralógicas específicas deste tipo de rochas, bem como a criação de acervos dedicados ao tema.


   Estas técnicas poderão contribuir de forma indirecta para o abastecimento dos mercados mundiais, para além de facilitar o acesso a áreas de minério actualmente inacessíveis. Os resultados preliminares da investigação já foram apresentados em conferências internacionais, nomeadamente nos EUA e na Turquia. 


Artigo AQUI


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Adaptado de:

06 novembro 2011

Lítio em Portugal - PARTE II - Depósitos pegmatíticos

DEPÓSITOS PEGMATÍTICOS EM PORTUGAL

As principais ocorrências pegmatíticas com interesse económico em Portugal distribuem-se pelos terrenos graníticos da região das Beiras, constituindo o eixo central da Zona Centro-Ibérica. Actualmente, destacam-se pela sua extensão/potencial mineiro os campos pegmatíticos de Sátão (Viseu), Mangualde e de Seixo Amarelo – Gonçalo (Guarda), encontrando-se especialmente associados a granitos porfiróides biotíticos e/ou granitos grosseiros de duas micas gerados durante o final da orogenia Hercínica ou Varisca (311Ma).






APLITOS-PEGMATITOS DE SEIXO AMARELO – GONÇALO (GUARDA)

Os aplitos-pegmatitos de Seixo Amarelo – Gonçalo, que afloram numa extensão de cerca de 100km2, estão integrados num domínio que se desenvolve pelas regiões de Gouveia - Fornos de Algodres – Celorico da Beira – Guarda – Belmonte – Bendada – Sabugal. Este campo pegmatítico é essencialmente constituído por soleiras aplito-pegmatíticas constituídas por quartzo, feldspato potássico, albite, moscovite e micas litiníferas. Verifica-se uma tendência para estas soleiras aflorarem em zonas de bordadura de granitos tardi-orogénicos intrusivos em batólitos sin-orogénicos e metassedimentos pertencentes ao Complexo Xisto-Grauváquico, intruindo preferencialmente o granito porfiróide sin-orogénico (Granito da Guarda).

As estruturas mineralizadas deste domínio apresentam textura mista, isto é, alternância entre as fases aplítica e pegmatítica. A segunda caracteriza-se pelos grãos grosseiros «geralmente compostos por cristais sub-idiomórficos de feldspato potássico e agregados de quartzo, aos quais se associam com frequência albite, moscovite e lepidolite», enquanto a primeira, que envolve e intrui por vezes a segunda, apresenta textura sacaróide e é constituída essencialmente por albite, quartzo, moscovite e lepidolite.

Tendo em conta a composição mineralógica e química, é possível agrupar as soleiras em três tipos fundamentais:
-soleiras estaníferas – geologicamente menos evoluídas, caracterizadas por concentrações baixas em Li, Rb e elementos afins, e teores significativos em Sn, Nb, Ta; essencialmente quartzo, feldspato potássico, albite e moscovite;
-soleiras litiníferas – geologicamente mais evoluídas, caracterizadas por teores elevados de elementos incompatíveis como o Li e Rb, frequentemente associados a altas concentrações de Sn, Nb e Ta; essencialmente quartzo, albite, feldspato potássico, lepidolite e moscovite mais ou menos litinífera; afloram em regiões topograficamente mais elevadas do que as soleiras estaníferas;
-soleiras estano-litiníferas – estruturas que estabelecem a passagem entre os tipos anteriores.

De uma maneira geral, as soleiras estaníferas representam magma menos evoluído, intruindo regiões menos elevadas, enquanto as soleiras litinífera, que representam uma magma mais evoluído, intruiram regiões mais elevadas. Estas últimas intrusões foram afectadas por efeitos posteriores à sua instalação, ficando zonadas, isto é, com um bandado que marca a evolução química e textural dos minerais constituintes.




Nos diferentes tipos de soleiras os teores de lítio variam entre cerca de 1500ppm, nas de tipo estanífero, e cerca de 5700ppm, nas de tipo litinífero.

A intrusão das soleiras aplito-pegmatíticas induziu o desenvolvimento de bandas de metassomatismo ao longo do seu contacto com os granitos. Estas bandas, que apresentam uma espessura média variável entre os 5 e 20cm, indicam uma série de modificações na rocha:
-endurecimento da rocha granítica encaixante devido à deposição intensa e tardia de quartzo; frequente recristalização de albite e feldspato potássico;
-desferrização da biotite primária e incorporação do lítio, o que origina biotite litinífera (zinnwaldite);
-cristalização de turmalina, berilo e ouro.

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Adaptado de:  
Ricardo Manuel (2011), Pegmatitos em Portugal - a importância das fontes de lítio, Rochas Industriais e Ornamentais, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova de Lisboa.

05 novembro 2011

Lítio em Portugal - PARTE I - Pegmatitos

A procura de lítio como metal de tecnologia de ponta tem vindo a aumentar nos últimos anos, e tendo uma produção tão limitada, torna-se de extrema importância o estudo das suas fontes.
Os processos geológicos que originam os pegmatitos tornam-nos enriquecidos em elementos raros, reflectindo-se na sua mineralogia. Este facto faz com que os pegmatitos possam ser considerados importantes fontes de minerais de lítio.

O termo pegmatito é uma designação textural utilizada para descrever rochas ígneas de grão muito grosseiro (>3cm). Os pegmatitos têm uma composição tipicamente granítica, sendo ricos em constituintes com ponto de fusão baixo (quartzo, feldspato potássico e moscovite) e pobres nos de ponto de fusão mais elevado (minerais ferromagnesianos e plagioclase cálcica).


Geralmente estão associados a complexos graníticos, ocorrendo de diversas maneiras: diques, soleiras, veios, corpos lenticulares, corpos irregulares intrusivos ou ainda como segregados tardios completamente contidos em batólitos graníticos.


Os pegmatitos formam-se em fases finais de cristalização de grandes corpos magmáticos, resultando de processos tardios de fraccionação e/ou de actividade hidrotermal caracterizada, quer por fenómenos de ebulição, quer por processos de mistura de fluidos quimicamente distintos. No interior dos corpos pegmatíticos existem variações composicionais que reflectem a importância do papel da água na redistribuição dos constituintes do magma.


Os processos hidrotermais podem conduzir a enriquecimentos em elementos incompatíveis, o que se irá reflectir na mineralogia dos pegmatitos, enriquecendo-os em elementos como B, Be, F, Li, W, Rb, Cs, Nb, Ta, U e Sn. Os elementos que se encontram concentrados nos pegmatitos são aqueles que vão permanecer na fase aquosa quando o fluido aquoso coexiste com um magma silicatado.

As condições físico-químicas que determinam o desenvolvimento das estruturas pegmatíticas permitem uma grande diversidade mineralógica e a definição de uma zonação regional típica. Geralmente, o grau de diferenciação e o conteúdo em voláteis e metais raros aumentam consoante o afastamento da fonte de fluidos magmáticos e hidrotermais. Esta zonação constitui um excelente guia para a prospecção.

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Adaptado de:  
Ricardo Manuel (2011), Pegmatitos em Portugal - a importância das fontes de lítio, Rochas Industriais e Ornamentais, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova de Lisboa.

24 março 2011

IBEROEKA - Valorização de Pegmatitos com lítio

MINIFÓRUM IBEROEKA

26 e 27 de Maio de 2011 
Minifórum IBEROEKA sobre Valorização de Pegmatitos Litiníferos (lítio) no LNEG.

O Minifórum IBEROEKA reunirá empresários e investigadores de Portugal, Brasil, Espanha, Colômbia, Argentina, Finlândia e Moçambique, com actividade neste sector industrial, abordando as tecnologias de prospecção, extracção e transformação do lítio em forma de pegmatitos e as várias aplicações industriais, com foco estratégico na viabilidade da produção de bateriais para veículos eléctricos.

O objectivo será o de proporcionar um debate alargado sobre a produção e aplicações deste minério na Região Ibero-americana, procurando fomentar novos projectos de I&D, intercâmbio de conhecimentos e de know-how e oportunidades de transferência de tecnologia.

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Programa Preliminar

Dia 26
8:30 Registo de participantes
9:00 – Sessão de abertura (Adi, DGEG, LNEG, CYTED)
9:20 – Aspectos da geoestratégia global do Lítio. O contexto ibero-americano.
9:30Prospecção e valorização de pegmatitos litiníferos
(Pegmatitos no espaço Ibero-americano, mineralizações de lítio nos pegmatitos, métodos de prospecção, modelação 3D).
11:00 – Pausa para café e sessão de posters
11:30Exploração de pegmatitos, valorização do recurso total: resíduo zero.
Estado da arte e perspectivas futuras (caracterização do cortejo mineralógico dos pegmatitos e suas aplicações, valorização dos minerais de lítio para produção de lítio metálico, valorização de minérios portadores de metais de alta tecnologia, valorização do quartzo com pureza óptica)
13:00 – Almoço
14:00 Processos de beneficiação de minérios em pegmatitos
(métodos de separação, mineralurgia dos vários minerais de lítio, métodos inovadores na área da beneficiação)
15:00Processos metalúrgicos de concentrados de minerais de Li de pegmatitos
(etapas da metalurgia da produção de Li metálico, condicionantes dos vários tipos de concentrados minerais de Li, processamento metalúrgico)
16:00Estudo de caso: da prospecção à produção de carbonato de Li
“Keliber Lithium Project”, Finland. Nordic Mining
16:30 – Pausa para café e sessão de posters
17:00Reuniões bilaterais
18:30 Encerramento
Sec. Estado da Energia e Inovação (Min. Economia, Inovação e Desenvolvimento)

Dia 27
Visita a pegmatitos na região centro de Portugal.
7:30 – Partida de Alfragide (LNEG)


Contacto para mais informações:
Rita Silva (rsilva@adi.pt)
Tel: 21 423 21 00

Saber mais: AdI - Agência de Inovação
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Para mais informações sobre o lítio, ver no engeoweb: