Mostrar mensagens com a etiqueta Lítio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Lítio. Mostrar todas as mensagens

15 dezembro 2016

A Gigafrábica - reportagem SIC

Portugal é um dos países que está a tentar atrair o próximo mega investimento da Tesla na Europa. A concretizar-se, este projecto poderá criar milhares de postos de trabalho numa enorme unidade industrial para baterias e carros elétricos, totalmente abastecida por energias renováveis. A existência de minerais com lítio, uma das matérias primas usadas no fabrico de baterias, tem sido apontada como um ponto a favor de Portugal. Mas será suficiente?

 _______________________________________
Original de Sic Notícias

10 dezembro 2016

Investimento em ativos mineiros portugueses – O lítio

Realização de sondagens em Sepeda (Lusidakota Minerals Lda.)
O risco associado a um país é um factor crucial para a decisão de investimento. Este risco cobre uma série de fatores tais como a evolução política, conflitos armados e situação financeira do Estado. Estes factores, por sua vez, estão relacionados com estabilidade legislativa e fiscal, risco de confisco, agitação civil, guerra, controlos cambiais e desvalorização da moeda. 

O risco de um país tem em consideração a sua vontade soberana e a capacidade de pagar e o impacte que isto tem na capacidade de entidades públicas e privadas satisfazerem o cumprimento das suas obrigações transfronteiriças. A classificação e o comportamento do nível de risco do país é assim um forte indicador estratégico e operacional para o investimento estrangeiro. 

09 dezembro 2016

Lítio atrai multinacionais australianas

Pegmatito lepidolítico em Gonçalo, Guarda 
(Fonte: xmbl.wordpress.com)
Portugal está definitivamente no mapa-mundo do interesse pelo lítio, em grande parte impulsionado pela procura crescente daquela matéria-prima para a produção de baterias para carros eléctricos. Duas empresas mineiras australianas - a Dakota Minerals (site) e a Slipstream Resources (site) - estão neste momento a passar o território nacional a pente fino para avaliar o potencial do lítio em Portugal.

Segundo o Expresso, uma delas já tem uma parceria com a Felmica (site), o maior produtor de lítio em Portugal - que pode resultar num investimento de 150 milhões de euros, repartido pelo aumento das áreas exploradas e pela construção de uma unidade industrial para transformação do concentrado mineral em carbonato de lítio.

 Carolina Mota, administradora da Felmica, admite que este investimento se possa tornar realidade nos próximos cinco anos, sendo que o mais lógico seria construir a nova fábrica junta às instalações que a Felmica já detém em Mangualde.

A mesma responsável - que prefere não divulgar mais pormenores da empresa australiana com a qual está a trabalhar - refere que "mesmo que a fábrica de baterias que a Tesla Motors pretende ter na Europa não venha para Portugal, o valor acrescentado que fica no país, com oinvestimento que estamos a avaliar, será importantíssimo."

20 novembro 2011

Lítio em Portugal - PARTE IV

Num estudo recentemente realizado pelo do U.S. Geological Survey, Portugal é apontado como o maior produtor de lítio na Europa, numa tabela mundial liderada pelo Chile e pela Austrália. Portugal dispõe actualmente de cerca de 2 milhões de toneladas de reservas de minério de lítio, podendo estas vir a atingir os 12 milhões de toneladas. Esta abundância é suficiente para aproximadamente 70 anos de exploração mineira, apresentando a vantagem de as ocorrências de lítio estarem entre os 20-30 m de profundidade, não sendo necessária a abertura de minas subterrâneas.

A produção de lítio está concentrada nas regiões de Guarda, Viseu, Vila Real e Viana do Castelo, tendo vindo a aumentar, assim como os pedidos de prospecção deste metal. Os dados da DGGE indicam que, entre 2005 e 2007, se registou uma subida de 33% na exploração de pegmatitos litiníferos, para um total de 34 755 toneladas, avaliadas em cerca de meio milhão de euros.

No entanto, em Portugal apenas se produz concentrado de lítio, ou seja, não se acrescenta mais valor ao seu produto, sendo necessário vender os concentrados minerais em bruto para fundições estrangeiras.








EXPLORAÇÃO VS. CONSERVAÇÃO

Em Portugal, os pegmatitos são maioritariamente explorados a céu aberto, sendo a exploração principalmente condicionada pela morfologia dos diques/soleiras pegmatíticos.
Já vários estudos demonstraram o enorme potencial das reservas geológicas de pegmatitos litiníferos em Portugal, no entanto, o sucessivo encerramento de explorações por todo o país promove uma contínua aposta no sector das importações e uma clara subvalorização do potencial mineiro nacional.

No entanto, apesar das claras vantagens económicas, a abertura de novas explorações está bastante condicionada por factores ambientais e legais. Grande parte dos depósitos pegmatíticos nacionais encontra-se inserida tanto na REN como na Rede Natura 2000. A primeira encerra um conjunto de áreas que visam a protecção dos ecossistemas, áreas fluviais e costeiras, zonas de máxima infiltração ou locais de risco geotécnico, enquanto a segunda protege essencialmente a natureza e biodiversidade. A Rede Natura 2000 cobre cerca de 21% do território nacional, cobrindo a REN ainda maior área (tendo em conta que os seus limites dependem das políticas individuais de cada município).

Assim, o facto de a maior parte dos depósitos pegmatíticos estar incluída nestas áreas de restrição implica um confronto directo com a necessidade de fazer escolhas: investir na exploração de recursos minerais raros ou investir na protecção ambiental.

A ausência de estudos geológicos precisos e de planeamento em relação ao uso do solo poderá vir a gerar conflitos graves, que poderão levar ao abandono de tão valiosos recursos minerais, o que, num país de pequenas dimensões como Portugal, e com os seus problemas económicos evidentes, poderá comprometer de forma muito séria as gerações futuras.


Os processos industriais mais importantes que utilizam lítio trazem, além de uma redução de custos e aumento de produtividade, claras vantagens em termos ambientais, reduzindo, nomeadamente, as emissões de carbono e flúor.

Torna-se, assim, urgente a análise do balanço entre as vantagens e desvantagens da exploração deste metal em estudos sérios e objectivos, mas para já, enquanto não existem estudos desse calibre, parecem mais do que óbvias as inúmeras vantagens que a aplicação deste metal acarreta.

Assim, é fulcral que num país como Portugal se invista no futuro de forma ponderada, sendo a exploração dos recursos geológicos nacionais um excelente ponto de partida.

________________________________________
Adaptado de:  
Ricardo Manuel (2011), Pegmatitos em Portugal - a importância das fontes de lítio, Rochas Industriais e Ornamentais, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova de Lisboa.

14 novembro 2011

Lítio em Portugal - PARTE III - Mineralogia e Geoquímica do Lítio

O lítio é o mais leve de todos os metais, tendo metade da densidade de água. Por ser muito reactivo, não se encontra na natureza no estado livre e, apesar de ocorrer em cerca de 145 minerais, apenas quatro são objecto de exploração comercial.

Em termos geoquímicos, o lítio tende a concentrar-se nos últimos produtos resultantes da cristalização do magma. Este elemento difere dos restantes metais alcalinos devido à sua incapacidade de entrar nas estruturas dos feldspatos. O feldspato potássico e as plagioclases que se formam durante o estágio principal da cristalização são pobres em lítio, e, muito embora este metal forme minerais independentes nos pegmatitos, nunca foi encontrado como feldspato.

O lítio não forma estruturas feldspáticas por razões termoquímicas, cristalizando no seu lugar, a espodumena ou a petalite. Há um grande enriquecimento em lítio nas micas, anfíbolas e piroxenas durante o decorrer da cristalização do magma. O Li+ substitui o Mg2+ nos minerais, funcionando o segundo como seu «protector» devido à sua maior abundância.

Durante a substituição do Mg2+ pelo Li+, a estrutura sofre uma perda de energia, isto é, quando o ião Li+, de menor carga que o Mg2+, penetra na estrutura, esta fica debilitada. Daqui se conclui que esta substituição não pode ocorrer até ser atingida uma temperatura relativamente baixa, isto é, até às últimas fases de cristalização.

Como já foi referido, apesar de existir mais de uma centena de minerais com lítio na sua composição, a sua extracção é apenas viável em cerca de quatro:

ESPODUMENA
Piroxena (aluminossilicato de lítio, LiAlSi2O3). Da sua alteração resulta caulinite, montmorilonite e clorite. Constitui a principal fonte de lítio, variando os teores entre 1,3%-3,6%.

LEPIDOLITE
Mica lítica que apresenta uma solução sólida completa com a moscovite. Filossilicato de cor violácea ou rósea (K2(Li6-7Al2-1O20)(OH,F)4). O conteúdo em lítio varia desde os 1,53% ao máximo teórico de 3,6%, apesar de nos depósitos comerciais variar entre 1,4-1,9%. Ocorre geralmente em agregados compactos de lâminas finas, segundo corpos granulares ou ainda segundo cristais prismáticos.

PETALITE
Tectossilicato (LiAlSi4O10). O conteúdo teórico de lítio é 4,9%, mas em depósitos comerciais varia entre 3,6-4,7%.

AMBLIGONITE
Fosfato rico em flúor e lítio (LiAl(PO4)(F,OH)). O conteúdo em Li2O é de 10,1%. Ocorre segundo agregados grosseiros ou segundo massas arredondadas.

________________________________________
Adaptado de:  
Ricardo Manuel (2011), Pegmatitos em Portugal - a importância das fontes de lítio, Rochas Industriais e Ornamentais, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova de Lisboa.

06 novembro 2011

Lítio em Portugal - PARTE II - Depósitos pegmatíticos

DEPÓSITOS PEGMATÍTICOS EM PORTUGAL

As principais ocorrências pegmatíticas com interesse económico em Portugal distribuem-se pelos terrenos graníticos da região das Beiras, constituindo o eixo central da Zona Centro-Ibérica. Actualmente, destacam-se pela sua extensão/potencial mineiro os campos pegmatíticos de Sátão (Viseu), Mangualde e de Seixo Amarelo – Gonçalo (Guarda), encontrando-se especialmente associados a granitos porfiróides biotíticos e/ou granitos grosseiros de duas micas gerados durante o final da orogenia Hercínica ou Varisca (311Ma).






APLITOS-PEGMATITOS DE SEIXO AMARELO – GONÇALO (GUARDA)

Os aplitos-pegmatitos de Seixo Amarelo – Gonçalo, que afloram numa extensão de cerca de 100km2, estão integrados num domínio que se desenvolve pelas regiões de Gouveia - Fornos de Algodres – Celorico da Beira – Guarda – Belmonte – Bendada – Sabugal. Este campo pegmatítico é essencialmente constituído por soleiras aplito-pegmatíticas constituídas por quartzo, feldspato potássico, albite, moscovite e micas litiníferas. Verifica-se uma tendência para estas soleiras aflorarem em zonas de bordadura de granitos tardi-orogénicos intrusivos em batólitos sin-orogénicos e metassedimentos pertencentes ao Complexo Xisto-Grauváquico, intruindo preferencialmente o granito porfiróide sin-orogénico (Granito da Guarda).

As estruturas mineralizadas deste domínio apresentam textura mista, isto é, alternância entre as fases aplítica e pegmatítica. A segunda caracteriza-se pelos grãos grosseiros «geralmente compostos por cristais sub-idiomórficos de feldspato potássico e agregados de quartzo, aos quais se associam com frequência albite, moscovite e lepidolite», enquanto a primeira, que envolve e intrui por vezes a segunda, apresenta textura sacaróide e é constituída essencialmente por albite, quartzo, moscovite e lepidolite.

Tendo em conta a composição mineralógica e química, é possível agrupar as soleiras em três tipos fundamentais:
-soleiras estaníferas – geologicamente menos evoluídas, caracterizadas por concentrações baixas em Li, Rb e elementos afins, e teores significativos em Sn, Nb, Ta; essencialmente quartzo, feldspato potássico, albite e moscovite;
-soleiras litiníferas – geologicamente mais evoluídas, caracterizadas por teores elevados de elementos incompatíveis como o Li e Rb, frequentemente associados a altas concentrações de Sn, Nb e Ta; essencialmente quartzo, albite, feldspato potássico, lepidolite e moscovite mais ou menos litinífera; afloram em regiões topograficamente mais elevadas do que as soleiras estaníferas;
-soleiras estano-litiníferas – estruturas que estabelecem a passagem entre os tipos anteriores.

De uma maneira geral, as soleiras estaníferas representam magma menos evoluído, intruindo regiões menos elevadas, enquanto as soleiras litinífera, que representam uma magma mais evoluído, intruiram regiões mais elevadas. Estas últimas intrusões foram afectadas por efeitos posteriores à sua instalação, ficando zonadas, isto é, com um bandado que marca a evolução química e textural dos minerais constituintes.




Nos diferentes tipos de soleiras os teores de lítio variam entre cerca de 1500ppm, nas de tipo estanífero, e cerca de 5700ppm, nas de tipo litinífero.

A intrusão das soleiras aplito-pegmatíticas induziu o desenvolvimento de bandas de metassomatismo ao longo do seu contacto com os granitos. Estas bandas, que apresentam uma espessura média variável entre os 5 e 20cm, indicam uma série de modificações na rocha:
-endurecimento da rocha granítica encaixante devido à deposição intensa e tardia de quartzo; frequente recristalização de albite e feldspato potássico;
-desferrização da biotite primária e incorporação do lítio, o que origina biotite litinífera (zinnwaldite);
-cristalização de turmalina, berilo e ouro.

________________________________________
Adaptado de:  
Ricardo Manuel (2011), Pegmatitos em Portugal - a importância das fontes de lítio, Rochas Industriais e Ornamentais, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova de Lisboa.

05 novembro 2011

Lítio em Portugal - PARTE I - Pegmatitos

A procura de lítio como metal de tecnologia de ponta tem vindo a aumentar nos últimos anos, e tendo uma produção tão limitada, torna-se de extrema importância o estudo das suas fontes.
Os processos geológicos que originam os pegmatitos tornam-nos enriquecidos em elementos raros, reflectindo-se na sua mineralogia. Este facto faz com que os pegmatitos possam ser considerados importantes fontes de minerais de lítio.

O termo pegmatito é uma designação textural utilizada para descrever rochas ígneas de grão muito grosseiro (>3cm). Os pegmatitos têm uma composição tipicamente granítica, sendo ricos em constituintes com ponto de fusão baixo (quartzo, feldspato potássico e moscovite) e pobres nos de ponto de fusão mais elevado (minerais ferromagnesianos e plagioclase cálcica).


Geralmente estão associados a complexos graníticos, ocorrendo de diversas maneiras: diques, soleiras, veios, corpos lenticulares, corpos irregulares intrusivos ou ainda como segregados tardios completamente contidos em batólitos graníticos.


Os pegmatitos formam-se em fases finais de cristalização de grandes corpos magmáticos, resultando de processos tardios de fraccionação e/ou de actividade hidrotermal caracterizada, quer por fenómenos de ebulição, quer por processos de mistura de fluidos quimicamente distintos. No interior dos corpos pegmatíticos existem variações composicionais que reflectem a importância do papel da água na redistribuição dos constituintes do magma.


Os processos hidrotermais podem conduzir a enriquecimentos em elementos incompatíveis, o que se irá reflectir na mineralogia dos pegmatitos, enriquecendo-os em elementos como B, Be, F, Li, W, Rb, Cs, Nb, Ta, U e Sn. Os elementos que se encontram concentrados nos pegmatitos são aqueles que vão permanecer na fase aquosa quando o fluido aquoso coexiste com um magma silicatado.

As condições físico-químicas que determinam o desenvolvimento das estruturas pegmatíticas permitem uma grande diversidade mineralógica e a definição de uma zonação regional típica. Geralmente, o grau de diferenciação e o conteúdo em voláteis e metais raros aumentam consoante o afastamento da fonte de fluidos magmáticos e hidrotermais. Esta zonação constitui um excelente guia para a prospecção.

________________________________________
Adaptado de:  
Ricardo Manuel (2011), Pegmatitos em Portugal - a importância das fontes de lítio, Rochas Industriais e Ornamentais, Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade Nova de Lisboa.

24 março 2011

IBEROEKA - Valorização de Pegmatitos com lítio

MINIFÓRUM IBEROEKA

26 e 27 de Maio de 2011 
Minifórum IBEROEKA sobre Valorização de Pegmatitos Litiníferos (lítio) no LNEG.

O Minifórum IBEROEKA reunirá empresários e investigadores de Portugal, Brasil, Espanha, Colômbia, Argentina, Finlândia e Moçambique, com actividade neste sector industrial, abordando as tecnologias de prospecção, extracção e transformação do lítio em forma de pegmatitos e as várias aplicações industriais, com foco estratégico na viabilidade da produção de bateriais para veículos eléctricos.

O objectivo será o de proporcionar um debate alargado sobre a produção e aplicações deste minério na Região Ibero-americana, procurando fomentar novos projectos de I&D, intercâmbio de conhecimentos e de know-how e oportunidades de transferência de tecnologia.

--------------------------------------------------------------------------------------------
Programa Preliminar

Dia 26
8:30 Registo de participantes
9:00 – Sessão de abertura (Adi, DGEG, LNEG, CYTED)
9:20 – Aspectos da geoestratégia global do Lítio. O contexto ibero-americano.
9:30Prospecção e valorização de pegmatitos litiníferos
(Pegmatitos no espaço Ibero-americano, mineralizações de lítio nos pegmatitos, métodos de prospecção, modelação 3D).
11:00 – Pausa para café e sessão de posters
11:30Exploração de pegmatitos, valorização do recurso total: resíduo zero.
Estado da arte e perspectivas futuras (caracterização do cortejo mineralógico dos pegmatitos e suas aplicações, valorização dos minerais de lítio para produção de lítio metálico, valorização de minérios portadores de metais de alta tecnologia, valorização do quartzo com pureza óptica)
13:00 – Almoço
14:00 Processos de beneficiação de minérios em pegmatitos
(métodos de separação, mineralurgia dos vários minerais de lítio, métodos inovadores na área da beneficiação)
15:00Processos metalúrgicos de concentrados de minerais de Li de pegmatitos
(etapas da metalurgia da produção de Li metálico, condicionantes dos vários tipos de concentrados minerais de Li, processamento metalúrgico)
16:00Estudo de caso: da prospecção à produção de carbonato de Li
“Keliber Lithium Project”, Finland. Nordic Mining
16:30 – Pausa para café e sessão de posters
17:00Reuniões bilaterais
18:30 Encerramento
Sec. Estado da Energia e Inovação (Min. Economia, Inovação e Desenvolvimento)

Dia 27
Visita a pegmatitos na região centro de Portugal.
7:30 – Partida de Alfragide (LNEG)


Contacto para mais informações:
Rita Silva (rsilva@adi.pt)
Tel: 21 423 21 00

Saber mais: AdI - Agência de Inovação
__________________________
Para mais informações sobre o lítio, ver no engeoweb:

14 fevereiro 2011

Lítio - exploração em Portugal

Portugal é já o quinto maior produtor mundial de lítio, e a procura desta matéria-prima para baterias de carros eléctricos vai quadruplicar.



Um estudo divulgado a semana passada pela empresa de consultoria MarketResearch.com indica que a procura de litío para a construção de baterias de iões de lítio para a indústria automóvel vai quadriplicar ao longo dos próximos 10 anos.

O mesmo estudo revela que em 2010 o mercado mundial de lítio ascendeu a 11 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), mas que em 2020 deverá rondar os 43 mil milhões de dólares (€31,5 mil milhões).

Alguns analistas do sector extractivo garantem ao Expresso que Portugal tem aqui uma oportunidade única para "marcar pontos" neste importante mercado, pois actualmente já é o 5º maior exportador mundial de lítio, e tem potencial de exploração para mais 70 anos. Estes dados são confirmados, aliás, num dos relatórios mais recentes do Departamento de Energia norte-americano.

Portugal dispõe de dois milhões de toneladas de reservas de minério de lítio. Quanto a reservas possíveis, a fasquia sobe até às doze milhões de toneladas. Isto é o suficiente para perto de 70 anos de exploração mineira. Com uma particularidade: as ocorrências de lítio estão entre os 20 e os 30 metros de profundidade, ou seja, não é necessário abrir minas subterrâneas.

Indústria automóvel interessada no lítio português 

O problema é que Portugal apenas vai até à produção de concentrado de lítio, ou seja, não acrescenta mais valor ao seu produto, tendo que o vender em bruto para  fundições de outros países. Esses, sim, é que entregam à indústria automóvel o lítio pronto para ser utilizado em baterias de carros elétrios. São também estes intermediários que facturam uma parte considerável do processo de transformação do lítio.

O principal produtor de lítio em Portugal está já a ser sondado por várias empresas multinacionais da indústria das baterias para carros elétricos, no sentido de formar parcerias que possam passar pela criação de uma fundição em Portugal. Ou seja, poderia ser um passo à frente no processo, em que o país acrescentaria valor ao seu recurso natural.

Para além da indústria automóvel, o lítio também, é utilizado na indústria eletrónica (telemóveis), farmacêutica e prevê-se que venha a ter cada vez mais aplicações na indústria aeroespacial e também na área militar.

A preocupação das construtoras de automóveis é tão grande em relação ao lítio que algumas já estão a entrar no capital social de algumas empresas mineiras em várias zonas do globo. A nipónica Mitsubishi ainda recentemente tomou posição em algumas empresas do sector extractivo, na área do lítio, em dois países da América do Sul.

Com estes avanços para a área mineira, a indústria automóvel quer garantir, de alguma forma, que não vai ter problemas no abastecimento dessa importante matéria-prima, para que a nova área de negócio dos carros eléctricos, que agora desponta, não fique comprometida.



Ver vídeo original de expresso.pt: O petróleo português
Ver também no engeo.web: Lítio - o metal do futuro
 ______________________
Fonte: Expresso

06 novembro 2010

Lítio - o metal do futuro

O lítio não se encontra livre na natureza. Tende a ficar enriquecido, concentrado, na fase final da cristalização magmática. É mais abundante nas rochas ígneas graníticas e ainda em sienitos e sienitos nefelínicos.
Está presente em micas, anfíbolas e piroxenas, não entrando na estrutura dos feldspatos por razões termoquímicas, diferindo aí dos restantes metais alcalinos. Mesmo que a composição química de uma solução contenha lítio suficiente para se formarem feldspatos, isso não ocorre, formando-se uma piroxena de lítio, como a espodumena ou um feldspatóide como a petalite.

Não ocupa uma posição estrutural semelhante ao potássio, mas substitui Al3+ e Mg2+ na estrutura dos minerais máficos.
Ao longo do seu ciclo geoquímico, o lítio segue o magnésio através da meteorização e sedimentação.
Os principais minerais de lítio são: espodumena, lepidolite, petalite e turmalina.

O lítio tem grande aplicação em baterias, materiais de transferência de calor, máquinas de ar-condicionado, sistemas de secagem industrial, lubrificantes de alta temperatura, vidros e cerâmicas especiais.

A futura frota de carros eléctricos poderá depender de um elemento obscuro actualmente apenas extraído em meia dúzia de locais. Ao usar o metal mais leve do mundo com capacidade para armazenar a corrente eléctrica, as baterias de lítio fornecem a energia de que os automóveis necessitam sem os tornar mais pesados e sem exigir paragens frequentes para recarga.

Este metal é extraído como minério suspenso em soluções salobras encontradas sob planícies de sal. Nos últimos, o Chile tem explorado as suas planícies de sal ricas em lítio, tornando-se o maior produtor do mundo. 

Ver também no engeo.web: Lítio - exploração em Portugal
______________________
Fontes: 
National Geographic Portugal Nº105 (Dezembro 2009)
Wikipédia