No final de Novembro de 2016, o Estado Português atribuiu a concessão da mina 
de Moncorvo à empresa MTI – Ferro de Moncorvo, num contrato que permite a
 exploração no Concelho de Torres de Moncorvo, segundo a secretaria de Estado da Energia.
 
A empresa MTI já “desenvolveu trabalhos de prospeção e pesquisa prévios ao abrigo do contrato de 2008, bem como atividade de exploração experimental no âmbito de contrato de 2013, pelo que a presente atribuição de concessão de exploração decorre desses trabalhos de revelação e evidenciação deste recurso geológico”, refere o comunicado.
O contrato agora assinado conta com várias fases, desde a 
execução de operações de extração e beneficiação simplificada, até ao 
período de produção de concentrados de ferro. Em Janeiro, a MTI afirmou que queria investir 114 milhões de euros até 2026 e produzir seis 
toneladas de minério nos primeiros cinco anos de atividade, segundo a 
Lusa.
Sobre o impacto da exploração de minério de ferro no PIB, a MTI aponta que o valor anual da produção de concentrados a 
partir do oitavo ano de produção representará 0,2% do valor total das 
exportações nacionais e 0,07% do PIB.
O responsável da MTI avança que a transformação do minério em concentrado de 
ferro será realizada na lavaria situada junto à 
área de exploração e que toda a produção se destina a exportação para 
as siderurgias europeias. A via navegável do Douro será sempre uma
 opção "importante" para o transporte do minério de ferro. Prevê-se que na fase
 inicial do projeto o escoamento da produção seja feito por via 
ferroviária e rodoviária, dados os actuais condicionalismo da via 
navegável.
Em comunicado, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, salientou
 a “importância para a região e para o país” deste contrato. Para o 
Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, “esta iniciativa 
insere-se na estratégia de dinamização do setor mineiro, com vista à 
criação de oportunidades de investimento para as empresas do setor, num 
processo de envolvimento simultâneo das populações e respetivas 
autarquias”.
Até ao momento, foram desbloqueados mais de 100 processos pendentes no 
Ministério da Economia, alguns desde 2012.
Em declarações à Lusa o presidente da câmara de Torre de Moncorvo, Nuno 
Gonçalves, referiu que a exploração será iniciada no prazo de 18 meses. A
 expectativa é que sejam criados mais de 200 postos de trabalho diretos e
 800 indiretos.
A última vez que começou a ser extraído minério de uma nova exploração 
foi há 34 anos, desde a abertura da Mina de Neves Corvo 
em 1989. Privatizada há mais de dez
 anos e actualmente nas mãos da multinacional canadiana Lundin Mining, 
a mina de Neves Corvo exportou em 2015 para todo o mundo 55.800 toneladas de cobre
 e 61.921 toneladas de zinco.
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